Prefeitura quer transformar prédio de tradicional colégio em novo centro administrativo de Ribeirão Preto
(Foto: Reprodução) Corredores do Colégio Marista, no Centro da cidade
Érico Andrade/G1
A Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) protocolou nesta quarta-feira (15) na Câmara um projeto de lei que prevê a instalação do novo centro administrativo para o prédio onde funciona um tradicional colégio particular no Centro da cidade.
Segundo a administração municipal, o objetivo é transferir, em julho de 2027, todas as secretarias municipais para o imóvel onde há mais de 80 anos funciona o Colégio Marista, na Rua Bernardino de Campos.
O projeto, que ainda precisa ser aprovado pelo Legislativo, vai viabilizar essa transferência por meio de uma permuta de imóveis entre a Prefeitura e a instituição educacional.
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A administração municipal, por um lado, se dispôs a conceder um terreno avaliado em R$ 39,6 milhões na Avenida Braz Olaia Acosta, na zona sul, para a instituição educacional construir uma nova unidade.
Em troca, a Prefeitura terá direito sobre o imóvel do colégio na Bernardino de Campos, hoje avaliado em mais de R$ 57,2 milhões.
"A proposta estabelece que o particular abra mão integralmente da diferença de valores, além de assumir todas as despesas cartoriais, regularizações e custos técnicos. Como contrapartida social adicional, o particular será obrigado a construir e operar uma unidade educacional privada no imóvel público recebido, com prazos rÃgidos para inÃcio e conclusão das obras, sob pena de reversão automática da permuta", informou a Prefeitura, em nota.
Prefeitura de Ribeirão Preto quer transformar prédio do Colégio Marista em novo centro administrativo.
Reprodução/ Google StreetView
Em nota, o Colégio Marista informou que a instituição se alegra com a possibilidade de ampliar a atuação em Ribeirão Preto, mas entende que há uma série de trâmites e decisões que devem ser realizadas nos próximos meses.
A instituição também garantiu que as atividades letivas até 2026 não serão prejudicadas e que toda a comunidade escolar será comunicada sobre as novidades.
"Mais do que tudo, enfatizamos que toda e qualquer novidade será compartilhada em primeira mão com famÃlias, estudantes e educadores que fazem parte da nossa comunidade escolar. Também reiteramos que os anos letivos de 2025 e 2026 ocorrerão normalmente."
Com a proposta, a Prefeitura argumenta que vai ter um ganho de mais de R$ 17 milhões de patrimônio, além de criar um novo centro administrativo sem gastar os cerca de R$ 175 milhões previstos no projeto deixado pelo antecessor, Duarte Nogueira (PSDB), e cancelado por Silva na troca do comando, este ano.
Atualmente, as secretarias e o gabinete estão instalados em um prédio na Rua Américo Brasiliense, desde que o Palácio Rio Branco foi desocupado por problemas estruturais.
Obra do novo Centro Administrativo de Ribeirão Preto, no Jardim Independência, foi cancelada pela atual gestão
Cacá Trovó/EPTV
Devolução de terreno e Casa do Autista
A Prefeitura também enviou à Câmara outro projeto de lei a ser avaliado pelos vereadores em que desfaz a doação do terreno à Prefeitura que seria destinado à construção do novo centro administrativo, na zona norte da cidade.
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No texto, a administração municipal sugere ficar com apenas 5 mil metros quadrados, dos mais de 100 mil metros quadrados cedidos pela Fundação Educandário, para a implantação do Centro TEA – Deficiência Intelectual, direcionado ao atendimento de pessoas com autismo e demais transtornos do neurodesenvolvimento pela rede municipal.
"A propositura corrige uma destinação que não se materializou", informou o Executivo.
Novo centro administrativo
Discutida há anos, a construção de um novo centro administrativo para Ribeirão Preto voltou a ser debatida ainda na campanha eleitoral de 2024.
Sob crÃticas de entidades civis e de seu sucessor, no ano passado, o então prefeito Duarte Nogueira assinou um contrato de R$ 173,4 milhões com a empresa vencedora da licitação para o inÃcio das obras em um terreno que tinha sido doado ao municÃpio na Avenida Cavalheiro Paschoal Innecchi, no Jardim Independência, zona norte da cidade.
Em 2025, assim que assumiu como prefeito, Ricardo Silva primeiro suspendeu o projeto por 120 dias para depois cancelar em definitivo a obra.
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